Mansos Nevoeiros
Chegou manso... Em um nevoeiro
Denso... Envolvendo-me por inteiro
Num momento frágil de desengano...
Me refrigerou em sua chama quente
Me aquentando pelo inverno do ano
Como dois sóis de cabeleiras ardentes
Pelos duplos crepúsculos dormentes
Deste meu pobre coração cigano...
Chegou desabrochando como uma flor
Viçosa e nova de pétalas pérolas pelúcia
Balbuciando pelo bojo deste espetáculo
Em hercúleos movimentos em curvas
Escuras, alvas pelos gigantes tentáculos
Em forma de uma coração de palhaço
Sorrindo, encantado... findando agruras
Minhas... Fazendo desenhos no espaço...
Ventos enebriantes desses paulistas
Litorais! Chegastes luz em minha vida...
Densos...Envolvendo-me por inteiro
Como mansos nevoeiros... Como uma flor...
Fazendo acampamento... moradia...
Laís.... Você é o meu Amor!!