A MINHA HISTÓRIA
Todos os traços
Do que sou
Da minha personalidade
Da minha eventual
E fictícia imortalidade
Constroem
A minha história
Linhas simples
Que tenho o dom
De tornar complexas
Pela minha sede
Da tua imensidão
Faço-as sem cores
Num lápis a carvão
Que cai tão bem n’
A minha história
Porque se eu não sei quem
Na totalidade sou
Quem pode ousar
Dizer que me conhece?
Na aurora feliz
Naquela altura em que amanhece
Onde as cores
São algo
Que me apetece
Usar
Para melhor
Pintar
O amor que me move a mim
Porque sinto
Que fui feito para Ti
Numa fabula
Tão antiga
Como as minhas estrelas
Em palavras
Que ficarão
Escritas muito para além delas
Porque no fim de tudo
A minha vida
É um todo
De amor
E minha querida
Eu hei-de te encontrar
No presente ou no futuro
No núcleo atómico
Ou no vasto Universo
Para completares essa narrativa incompleta
Independentemente
Do local
Onde estejas
Para onde fores...