Quedas de amor...
No silêncio da noite fria
Quando a alma fica vazia
Quero falar do nosso amor
Da sua força incontrolável
Como se eleva e é louvável
Mesmo na dor mais insuportável
Não tem medidas... É imprevisível
Falta palavra por ser inatingível
Tudo em nosso amor se cala
É tanta ternura... Tanta loucura
Nada se compara a sua feitura
Só nasce, renasce, cresce, aparece
No olhar que ata e desata...
São toques que não maltratam
Na floração da inspiração
Frutos maduros da imaginação
No passo a passo da emoção
Choro a tua falta sofrida...
Ao lembrar a tua partida
Vejo a paisagem parada
Quero-te ver aqui amada
Nada se move ou locomove
Só a fé inquebrantável...
De sentir a tua... Tão amável
Pelo brilho radiante do teu riso
Ao fazer comigo uns improvisos
Com a sutileza e inteligência
Que marca a tua presença
Nas delícias puras e sem malícias
Que me sossega da tua ausência
Como esperança de uma criança
Escrevo estes versos que dançam
Para buscar-te... Ir ao teu encontro
E finalmente saciar-me aqui no canto
Secar as lágrimas deste pranto
Com a doçura dos teus encantos.
Hildebrando Menezes