TODO O MEU ESTRANHO E INCOMENSURÁVEL AMOR...

Corpo num ponto do Universo

Cabeça no outro extremo

E mãos que são o seu tronco comum

E que fazem esta espécie de verso…

Todo o meu estranho e incomensurável amor...

São a ponte do que sou

E do que aspiro ser

Escravo das palavras

Dum eterno escrever

Que são para Ti

Mesmo que te recuses

A me ler

Todo o meu estranho e incomensurável amor…

Fragmentos

Perdidos

E ao mesmo tempo achados

Nessa planície celestial

Que constitui o meu cerne

O meu supremo ideal

Todo o meu estranho e incomensurável amor…

Em histórias…

Meus Deuses…

Tantas

Que não as sei enumerar

E muito menos contar

Sendo assim

Como tas irei entregar?

Todo o meu estranho e incomensurável amor…

Talvez em sonhos…

Sim!

Porque os sonhos não ocupam espaço na memória

do computador

Não pagam selo

Não gastam papel

São uma coisa da moda

Ecológica

Basta apenas que os apanhe

(pois tenho o mau hábito de os espalhar em meu redor)

E assim

Mais ou menos ordenados tos entregar

Como prova de

Todo o meu estranho e incomensurável amor…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 09/08/2008
Reeditado em 09/08/2008
Código do texto: T1120416
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