ÍNDIA DA MINHA VIDA

Moacir S. Papacosta

Passei muito tempo inerte em terrível sofrimento

Distante da mais bela flor do sertão,

Mas hoje retorno certo em ver a deusa do meu pensamento,

A misteriosa índia que flechou o meu coração...

Entre as cabanas a imagino dançando

Sob o som dos tambores da valente tribo tupi,

Sinto saudades dos seus longos cabelos com os meus se ababelando,

Que vontade beijar novamente seus lábios vermelhos, cor de caqui...

Trago em minh’alma seu olhar meigo e ligeiro

Sua voz suave e triste como o canto do rouxinol,

Quisera ser eu o seu amor verdadeiro,

Quisera tê-la em meus braços antes do por do sol...

Quero sentir o afago de suas mãos

Quero a minha saudade matar,

Quero degustar gota a gota a nossa paixão,

Pois índia da minha vida...

Graças a você, aprendi amar e perdoar!