A Tormenta é Passageira do Trem Bonança !
Quem navega
Deve crer
Que à terrível TEMPestade
SE sucede a duradoira BONança
Num mar de rosas,
Que a tormenta é passageira
No trem do BOM TEMPo,
Que as tentações
São, de Amor, provações,
Que não há mal
Que sempre dure,
Que a Vida, enfim
É Boa Ventura.
Pois, nosso Criador
Não abandona suas criaturas,
Que incondicionalmente ama
E as quer sempre, contentes,
Alegres e felizes,
De modo pleno,
Satisfeitas.
O Poeta, assim,
Rasga suas lúgubres vestes,
Veste as suas coloridas,
Retira suas lutuosas vendas,
Destapa a cera das suas orelhas,
Retorna às suas harpas,
Cítaras, liras,
Violões, violas,
Pianos, clarinetas
Flautas, saxofones,
Tamborins, atabaques e cuícas.
De novo ouve suas Musas,
Admira seus (em)cantos,
Retoma seus gal-an-teios
Ele-ga(l-ã)n-tes.
Enceta novo vôo e zarpa
Como robusta hárpia
Pelos céus azuis do condor
Com suas cantigas, cantos e hinos
Cantigueia, cantarola,
Declama e canta
Seus poemas e canções,
Mistos de dores e amores
Da Vida como ela é,
Terrível e MA-RA-VI-LHO-SA.
Pois, suporta os espinhos,
Quem ama as rosas.
Já que não pode haver
Rosa sem roseira,
Roseira sem abrolhos,
E o Amor é, MESMO, lindo!
-Gabriel da Fonseca
-Às Amigas; 25/07/07; 945.
-Publicado também em usinadeletras.com.br/ Gabriel da Fonseca.