ALMA

Somente tu, nobre alma, acalma com teu manto este pobre;

Ainda sob o estigma da vida em pedaços,

Com tua inefável luz, oriunda do espaço,

Sustentáculo de carinho... Forte braço!

Encobre-me por inteiro... Gesto faceiro!... Como és nobre!...

Li no teu olhar. Fiz-me brilhar. Deste-me inspiração...

Alma boa, como tua palavra me esclarece!

Guardo no peito o néctar que me ofereces,

Agradeço-te de corpo e alma... Uma prece!

Soa a voz de tua ternura... Esta ventura... Ah! Coração!

Imagino a aurora, minh’alma chora por tê-la,

Ouço os acordes, acalmam m’dores,

Louvo tua presença!... Ofereço-te flores!

Encontro à razão. Atinjo os esplendores!...

... Teus carinhos afagam meus caminhos, minha estrela.

Ribeirão Preto, 07 de março de 2001.

11h00