Amor sem limites.
Infiltro-me no teu corpo
E tento me encontrar.
Navego em tua mente,
Começo a pesquisar.
Percorro por toda parte,
Vasculho todo lugar.
Onde está o teu amor?
Preciso me encontrar.
Desço até teu coração,
Difícil lá se adentrar.
Pulsa tanto e é tão quente,
Que queima a alma da gente.
Mas só estando apaixonada,
Para se arriscar na entrada.
Tento me encontrar lá dentro
Em busca desse sentimento...
Vasculho o ventrículo esquerdo
Percorro por todo canto,
Depois entro no direito
E vejo que seu coração,
É todo feito de encanto.
Mas onde estou eu?
Não consigo me encontrar.
Já estou no desespero,
Devo estar em algum lugar!
Lailce de Almeida
Comentário: Paulo marcelo Braga.
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=16711&categoria=5
A poeta Lailce de Almeida é muito poderosa!
Sem nenhuma mesmice, ela emenda, virtuosa
de um para outro tema bem importante.
Tem meiguice, numa contenda sem prosa,
e sempre dispara um poema triunfante.
Em “Amor sem limite”,
Há um clamor em riste.
Eu lanço, sem direção, uma seta
e vislumbro o coração da poeta,
“Tento me encontrar lá dentro
Em busca desse sentimento.
Vasculho o ventrículo esquerdo
Percorro por todo canto,
Depois entro no direito
E vejo que seu coração,
É todo feito de encanto.”.
Lailce, é assim mesmo: triunfante.
Eu já disse e repito neste instante:
“É difícil resistir seu jeito cativante”.
[SAUDADES PAULO!]