AS MINHAS FOTOGRAFIAS DE TI...(Epílogo...-?-) Poema 1280
Caixa de Pandora
Aberta
Ao sabor da tentação
Suave veneno
Que perpassa
Até mim
Em pleno calor do verão…
Baú que deixa ver o seu interior
De imagens
Onde moram histórias de encantar
Mas outras
Demasiadas
De demasiada dor
Sorrisos
Que o vento
E o tempo apagou
Incredulidade
De uma realidade agora vã
Do que realmente se passou
Cidades
Imensas
Campo
A perder de vista
Céu com estrelas
De visão infinita
Onde durante
A eternidade vaga dos amantes
Que para sempre
Apesar de novas caras
É preponderante
Porque as lágrimas
Da felicidade
E da tristeza
Deixam sempre a mesma marca
Na face
De quem amou e chorou demasiado
Pela mágoa
De não ter o objecto dessa estima
A seu lado
Sendo a solução
Obvia e lógica
Rasgar ou apagar
Esses fragmentos
Tangíveis de intima história
Mas tal de nada adianta
Pois não se pode apagar a memória
Por isso
Era uma divina invenção
Fotografias do futuro
De momentos
Que se colassem
Sobre a velha
E ferida pele
Momentos felizes
Até outros se sobreporem a eles
Momentos de ternura perene
Sonhos reais
Porque os sonhos se querem assim
E não
Um recipiente
Para onde se lança
O desgosto
Cada vez que se veja
As minhas fotografias de Ti…