Onde tudo é silêncio

Há um resquício de dor atravessando

a alma quando penso em ti.

Hoje é como se de repente a

paixão explodisse de forma

intensa e dorida em mim,

desaguando dos olhos

lágrimas de saudade e solidão.

Penso no tempo como catarse

do sentimento confuso

que me abala o peito.

Em mim agora tudo é

silêncio onde antes fizeram

festa teu sorriso, tua inesperada

chegada, teus olhos verdes

mergulhados em mim.

Não escolhi a paixão como

destino, mas ela atravessou-me

a alma, desatinada na ânsia

de entregar-me a ti.

Aqui, o poema surge no desabafo

da incerteza que habita

o mesmo silêncio.

Onde as horas passeiam

meu tempo perde-se, parado

e confuso nas entrelinhas

de tua vida, na confissão

de algo que atravessa a calmaria

feito o mar em dias de temporal.

Mas o temporal não se

forma lá fora...

Ele está aqui, dentro de ti

e de mim, onde tudo é silêncio.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 08/08/2008
Código do texto: T1118672
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