NAS GRADES DO AMOR

Eu fico a imaginar porque sou tanto teu;

E de que me valeu toda estrada existencial, se te pareço menino;

Se não me interage o destino, a ponto de sequer me permitir ser meu;

Será que o que se foi valeu? Ou será que ainda terei asas pra fugir ao ninho?

Estou aflito por conta do que me assola as entranhas;

Constatações estranhas me fazer crer que estou perdido nessa paixão;

Quisera resgatar meu coração, lhe ensinar a superar as próprias artimanhas;

Que me negasses minhas manhas e aos pés me devolvesses o chão!

Fato é que sou mendigo nas calçadas de teus fascínios imensos;

Sou os ares suspensos, a circundar tua atmosfera sedutora;

Tu és a propulsora da mágica alquimia que se atrela aos meus pensamentos;

És a forma física dos meus sentimentos, das minhas letras és a autora!

O que percebo é que me acho entre as grades desse amor;

E já não sou senhor das posses e paragens que serviam meu dominar;

Antes de ti meus passos podiam andar, agora o meu viver estacionou;

Faça frio ou calor, meu coração já decidiu jamais te abandonar!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 08/08/2008
Reeditado em 08/08/2008
Código do texto: T1118521
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