NAS GRADES DO AMOR
Eu fico a imaginar porque sou tanto teu;
E de que me valeu toda estrada existencial, se te pareço menino;
Se não me interage o destino, a ponto de sequer me permitir ser meu;
Será que o que se foi valeu? Ou será que ainda terei asas pra fugir ao ninho?
Estou aflito por conta do que me assola as entranhas;
Constatações estranhas me fazer crer que estou perdido nessa paixão;
Quisera resgatar meu coração, lhe ensinar a superar as próprias artimanhas;
Que me negasses minhas manhas e aos pés me devolvesses o chão!
Fato é que sou mendigo nas calçadas de teus fascínios imensos;
Sou os ares suspensos, a circundar tua atmosfera sedutora;
Tu és a propulsora da mágica alquimia que se atrela aos meus pensamentos;
És a forma física dos meus sentimentos, das minhas letras és a autora!
O que percebo é que me acho entre as grades desse amor;
E já não sou senhor das posses e paragens que serviam meu dominar;
Antes de ti meus passos podiam andar, agora o meu viver estacionou;
Faça frio ou calor, meu coração já decidiu jamais te abandonar!