Troféu dos sentires
Não sei como, mas nessas mãos escreves
Melodias que lançaste em infinitos
Caiem no branco e se desenham leves
Como asas dóceis a abraçar aflitos.
No travo do silêncio entre horas breves
Há abismos, saltos, euforia e mitos
E por querer és queda onde te atreves
A ser na dor da voz cantor e gritos.
Sussurras perfumes, respiras luares
As flores sorriem só por lá passares
E o crepúsculo solfeja o existires…
Amor de verdade? És tu em vagares.
És sábio de almas, altar de ofertares.
Do verbo tens o troféu dos sentires!