Calor do Amor

A janela entreaberta ,

O sol penetrando na fresta,

Da cortina o vento balança.

Aquecendo seu corpo rosado,

Que na noite foi amado,

E agora tranqüilo descansa.

Seu violão no cantinho,

Parece até um cãozinho,

A espera de seu dono.

Fica em pé, bem postado,

Bem ali ao seu lado,

Para velar o seu sono.

Suas cordas afinadas,

Esperam ser dedilhadas,

Pela sua mão macia.

Quando as toca o som ecoa,

E suas cordas se entoam

Com sua voz em harmonia.

As roupas pelo chão,

É a prova da descontração,

De uma noite vivida.

Mas quando estão dobradas,

Na mala para ser fechada

Está próxima a partida.

Lentamente vai acordando

Seu corpo espreguiçando

Igual a uma serpente domada.

Me envolvo na sua pele quente,

Com seus sussurros envolventes,

Pedindo para ser amada.

Com volúpia de amor carente,

Acaricio suavemente

Seu corpo aveludado.

Viajo nos seus contornos,

Seus seios completam o adorno,

Neste seu corpo delgado.

Num prazer de quase loucura,

Nosso suor se mistura,

Deixando nossos corpos molhados.

Seus excitantes gemidos,

Quando acaricio seus ouvidos,

Com a carícia de amor falado.

Transpirando de desejo,

Seu corpo carente vejo,

Implorando mais calor.

Aí me enrosco neste corpo suado,

Deixando todo marcado,

Com a marca de um amor.

Otaviano de Carvalho
Enviado por Otaviano de Carvalho em 07/08/2008
Reeditado em 14/09/2008
Código do texto: T1117895
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