No leito da poesia
Vinicius me oferta belos poemas e
aprendo com ele a arte de
ser poeta, de escrever o amor
em tempos de relações e
amores líquidos, supérfluos.
Minha alma de Poetisa repousa
no leito de versos que
deságuam como se água
fossem de um mar por vezes
revolto mas quase sempre
sereno na essência do meu sentir.
Cada palavra que surge
reflete um pouco do espelho
que é a alma, na metáfora
pura do verso que se diz
poema e do poema que se
faz em cada verso.
Repouso a pena delicada
no leito da poesia e
adormeço em versos cada
sensação que desabrocha
de minha alma como
se cada traço fosse
mesmo uma gota do
sangue que verto em
minha veia.
A poesia em mim é a
seiva que pulsa e conduz
a sensibilidade do peito
para a realidade esboçada
na tinta maculando o papel como
a tela que se faz pintura
nas mãos do artista.