No leito da poesia

Vinicius me oferta belos poemas e

aprendo com ele a arte de

ser poeta, de escrever o amor

em tempos de relações e

amores líquidos, supérfluos.

Minha alma de Poetisa repousa

no leito de versos que

deságuam como se água

fossem de um mar por vezes

revolto mas quase sempre

sereno na essência do meu sentir.

Cada palavra que surge

reflete um pouco do espelho

que é a alma, na metáfora

pura do verso que se diz

poema e do poema que se

faz em cada verso.

Repouso a pena delicada

no leito da poesia e

adormeço em versos cada

sensação que desabrocha

de minha alma como

se cada traço fosse

mesmo uma gota do

sangue que verto em

minha veia.

A poesia em mim é a

seiva que pulsa e conduz

a sensibilidade do peito

para a realidade esboçada

na tinta maculando o papel como

a tela que se faz pintura

nas mãos do artista.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 07/08/2008
Código do texto: T1117332
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