" O Amor, muito amado, fala manso..."

“O Amor, muito amado, fala manso...”

(Do filme “Em algum lugar do passado”

e do livro homônimo).

Quem sabe o que é o tempo nesta Vida?

È o Ontem, o passado já esquecido?

O Amanhã que inda não foi vivido?

“Em algum lugar do passado” estivemos!...

E que intenso Amor nós dois vivemos!

E quantos suspiros , em lágrimas, sorvemos...

Havia pranto e havia riso em cada dia...

E cada noite era uma mentira fugidia...

Mas mesmo assim guardamos nostalgia...

Tu falavas... e era manso o teu falar...

Tuas palavras eram poemas de Amar

(Enquanto sabíamos quanto efêmero era sonhar...)

Arriscamos a vida! Muitas vidas!

Que, por nosso Amor seriam envolvidas...

Hoje nos restam lembranças e olvidos...

Falaste mansamente e eu falei...

Doces suspiros, poesias que eu amei...

Hoje...

Tantos sonhos apaguei...

Apedrejaram nosso amor: renunciei!

O teu brilho é o que sempre eu ansiei,

Mesmo o que me custe:

-- Te abandonei!...

Assim é bem melhor a todo o mundo,

Mesmo que minha dor vá até o fundo!

(E a incompreensão siga seu gosto sempre imundo!)

Eu estou aqui: vês lábios sorridentes,

E olhos que riem ,

Mas que sabes que eles mentem!

Pois não poderiam te olhar indiferentes...

– Por esta e mil razões mais fujo de ti!...

“O amor muito amado fala manso...”

Deixa-me cantar só, meu Acalanto...

-- Mas sabes que viverei sempre pra ti!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 07/08/2008
Código do texto: T1117287
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