" O Amor, muito amado, fala manso..."
“O Amor, muito amado, fala manso...”
(Do filme “Em algum lugar do passado”
e do livro homônimo).
Quem sabe o que é o tempo nesta Vida?
È o Ontem, o passado já esquecido?
O Amanhã que inda não foi vivido?
“Em algum lugar do passado” estivemos!...
E que intenso Amor nós dois vivemos!
E quantos suspiros , em lágrimas, sorvemos...
Havia pranto e havia riso em cada dia...
E cada noite era uma mentira fugidia...
Mas mesmo assim guardamos nostalgia...
Tu falavas... e era manso o teu falar...
Tuas palavras eram poemas de Amar
(Enquanto sabíamos quanto efêmero era sonhar...)
Arriscamos a vida! Muitas vidas!
Que, por nosso Amor seriam envolvidas...
Hoje nos restam lembranças e olvidos...
Falaste mansamente e eu falei...
Doces suspiros, poesias que eu amei...
Hoje...
Tantos sonhos apaguei...
Apedrejaram nosso amor: renunciei!
O teu brilho é o que sempre eu ansiei,
Mesmo o que me custe:
-- Te abandonei!...
Assim é bem melhor a todo o mundo,
Mesmo que minha dor vá até o fundo!
(E a incompreensão siga seu gosto sempre imundo!)
Eu estou aqui: vês lábios sorridentes,
E olhos que riem ,
Mas que sabes que eles mentem!
Pois não poderiam te olhar indiferentes...
– Por esta e mil razões mais fujo de ti!...
“O amor muito amado fala manso...”
Deixa-me cantar só, meu Acalanto...
-- Mas sabes que viverei sempre pra ti!...