Não quero despertar

Recuso a acordar

O coração adormecido.

As folhas lá fora

Balançam sob o sol

De uma manhã.

Dentro da alma,

Dorme a esperança.

A razão sorri com desdém

Mostra no espelho da distancia

A realidade escrita na face

Da verdade que de assediar

Não se cansa.

Não, não haverá despertar.

Talvez um dia, o tempo

Desnude o sentimento

E o frio de um adeus

Seja mais forte que a espera.

Mas agora não é hora.

Que o amanhã espere

Ao longo de um caminho

Que fique ali sozinho

Porque nem uma manhã fulgente

Despertará o coração de uma quimera.

G

Jose Augusto Machado
Enviado por Jose Augusto Machado em 07/08/2008
Reeditado em 21/08/2008
Código do texto: T1117115
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.