Eterna Menina

Neste mar ignoto de loucura
o leme não vencia o caos medonho,
via as rugas, espelhadas, risonhas;
na ânsia de te encontrar nesta ventura!...

Há em teu semblante de fé; - a minha cura!
Nos cristais, muitas vezes me estranho!
Renasci neste amor: - Amor de sonho!
Teu sorriso curou minh´alma insegura!...

Ao longo tempo de inverno rude,
vieste com o emblema da virtude;
sinto-me levitar, não sei como!...

Sofro com a saudade que encastela,
vislumbro tua luz que vem a esta cancela,
grafo na parede: - Eu te amo!...



Ribeirão Preto, 09 de março de 2007.
2h12
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 07/08/2008
Reeditado em 03/01/2012
Código do texto: T1116788
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