"Declamar-te"

"... Emana deste seu olhar uma mágica aura que seduz e encanta.

Mar de mistério no qual eu desavisado navego,

Tendo o seu sorriso como guia.

Perco-me entre os seus detalhes,

E encontro-me deslumbrado diante dos seus entalhes.

Beleza esculpida na matéria,

Fragmentos que despontam do seu intimo ser.

Sexualidade a flor da pele,

Desejos e quereres exalando pelos poros.

Lindos lábios,

Beijos, Bocas.

Um pueril escancarado riso,

Ágil armadilha a me prender como presa,

Em sua bem trançada teia.

Em que limitas meus movimentos e eu sem meios ou saída cedo.

Medo.

Sem mais o que fazer choro.

Verto dos meus olhos toda uma felicidade contida em mim em forma de lagrimas,

Lavo o meu rosto resplandecente com este rio.

E por entre voluptuosas sensações me entrego ao riso.

Onde o homem ressurge do poeta e me calo ao contemplar sem palavras ou versos o universo escrito em gestos e beleza,

Nos segundos onde a pulsação acelera e o acelerado bater dos corações se tornam um só som.

Frenéticas sensações de desejos,

Realizados nesta deliciosa trama.

Espíritos elevados ao nirvana,

Em que nós corpos nus,

Nos vestimos de sentimentalidades.

Pensamentos e verdades.

Descritos no poema que é você..."

("Declamar-te",by Carlos Venttura)

Carlos S Venttura
Enviado por Carlos S Venttura em 07/08/2008
Código do texto: T1116716