SUPLICANTE AMOR

Quando contemplo o que restou de meus pedaços;

Estendo os braços para um vão que não me ampara;

É que secou a minha praia e mil desertos invadiram meus espaços;

O meu desenho reduziu-se a traços, minha vacina já não me sara!

Quando recolho pelo chão, retalhos de nossa história;

Percebo que nossa glória já foi embora, nas nuvens de um temporal;

Meu rosto é banhado por chuvas de sal, minha alma se sente escória;

Por mais o bem por mim implora, só quem me acessa é o mal!

Estou faminto por teu carinho, estou lutando para viver;

Só que não quero aprender essa lição legada por tua ausência;

Eu sou vazio e sou carência, sou um combalido ser;

Das cinzas pedindo pra renascer, em crise por tua abstinência!

Não me julgue além de tudo que já sofri, porque te peço perdão;

Alegra o que restou desse meu coração, que do passado nem se importa;

Pra ti sempre estará aberta a porta, meu sentimento nunca te diria não;

Eu te estendo a trêmula mão e te suplico com lágrimas: volta!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 06/08/2008
Código do texto: T1115402
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