SUPLICANTE AMOR
Quando contemplo o que restou de meus pedaços;
Estendo os braços para um vão que não me ampara;
É que secou a minha praia e mil desertos invadiram meus espaços;
O meu desenho reduziu-se a traços, minha vacina já não me sara!
Quando recolho pelo chão, retalhos de nossa história;
Percebo que nossa glória já foi embora, nas nuvens de um temporal;
Meu rosto é banhado por chuvas de sal, minha alma se sente escória;
Por mais o bem por mim implora, só quem me acessa é o mal!
Estou faminto por teu carinho, estou lutando para viver;
Só que não quero aprender essa lição legada por tua ausência;
Eu sou vazio e sou carência, sou um combalido ser;
Das cinzas pedindo pra renascer, em crise por tua abstinência!
Não me julgue além de tudo que já sofri, porque te peço perdão;
Alegra o que restou desse meu coração, que do passado nem se importa;
Pra ti sempre estará aberta a porta, meu sentimento nunca te diria não;
Eu te estendo a trêmula mão e te suplico com lágrimas: volta!!