Pensamentos Poéticos
“Minhas lágrimas secas, o que são,
Se, perto de ti, não vejo outro caminho?
Se, em dias de multidão, cá estou sozinho,
A devanear-me em sonhos teus?”
Tento criar versos ritmados, elegantes,
Mas, pensando em ti, todo resto é feio
descontínuo
obsceno
imoralmente infame
ou escoliótico
Desisto de tentar (pulando) alcançar
as algibeiras de Bilac, Pessoa ou Camões..
Não sou um gênio.
Nem ao menos sei o que é uma poesia completa,
já que meus versos são
na sua maior parte
fragmentos de instantes alucinados
de dor ou alegria
queda ou ascensão
Porém agora aqui me vejo
e me sinto alegremente estúpido
de botar em um papel não-muito-confiável
todo um sentimento amargo
como um morango.
Ou tão azedo e obscuro
quanto uma manhã florida de primavera
onde cada flor e cada raio de sol
te fazem querer mais e mais...
Tempos felizes eram aqueles
(vazios..., sim.., mas felizes)
quando você era apenas
uma lembrança vaga e opaca
um acontecimento distante, surreal...
(não aconteceu de verdade... foi apenas um
pesadelo feliz)
Mas agora você volta
(Ou sou eu que crio coragem agora
de remoer o passado e tentar voltar atrás
e ter a chance de ser feliz para sempre?)
Saiba você que meu mundo agora está de cabeça pra baixo!!!
Não passo um minuto mais sem te ver,
Meu dia não é tranqüilo
enquanto não te recordo
E quando recordo, sofro.
E é para concluir (rimando) esse texto infamo
Que subo aos céus, e grito aos quatro cantos: te amo!!!