NÃO, NÃO ISTO NÃO É UMA CANÇÃO DE AMOR...

Como podia ser

Se sei onde nasce o Sol do amor

Mas ignoro

O local

Onde ele se costuma pôr?

Não, não isto não é uma canção de Amor…

Logo pela aurora

Tempo de espera

E não de demora

Vejo-te a sair da noite

Que se quer sagrada

Pois ela é o teu recanto

Até chegares ao pé de mim

Minha querida, minha Amada

Mas…

Não, não isto não é uma canção de Amor…

E se a manhã

É passada

Na osmose de afeições

Mesmo ao teu jeito

As coisas parecem demasiado belas

Mesmo a preceito

No entanto…

Não, não isto não é uma canção de Amor…

A treva da dúvida eterna

Balança sobre nós

Na dualidade de terem de existir coisas assim

Pois nunca sei

Se realmente

Gostas ou não de mim

E o dia

Amável

E deliciosamente

Percorre as nossas líricas avenidas

Onde muita coisa acontece

E onde

Se calhar

Há demasiada vida

Que eu quero prolongar

Para o teu reino nocturno

Na troca de afectos secretos

Que possuem o calor de um sol

Todo o amor do mundo

Mas é então

Que surge o amanhecer

E eu fico cego

E embora eu te tente

Gentilmente

Segurar nos meus braços

Sei que te vou perder

Embora

Nunca aconteça tal de facto

Pois tenho-te

Pelo meu espaço-tempo fora

Tenho-te nos meus sonhos

Onde toda a impossibilidade

Se torna

Realidade

Onde as maiores ambições

São a mais genuína realidade

Tenho-te a Ti

Parcela

Parte do meu coração

Carinho

Perene

Pois sei

Que nos Sonhos

Estarás

Pela Via da Eternidade

Comigo

Não, não isto não é uma canção de Amor…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 04/08/2008
Código do texto: T1112251
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