CONQUISTADOR
CONQUISTADOR
Como um raio de sol
que não respeita o obstáculo
da vidraça transparente,
assim é você:
nem repara nos meus olhos fechados
e invade meu coração.
Não posso esconder o sentimento
de recato e timidez.
Sem bater à porta,
nem avisar da sua presença,
você entra e toma posse do meu interior.
Rendo-me ao conquistador e,
encabulada, ofereço-lhe uma flor.
É singela, mas bela.
Escarlate e perfumada.
Plante-a em seu jardim secreto.
E, nas noites de luar,
ela lhe fará companhia.
Se você estiver com sorte,
um beija-flor virá do norte
e tocará de leve nela.
Pela janela, envio o meu beijo de mão,
minha saudade de jovem
e, de mulher, minha paixão.
Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2008