Minha alma sangra
Minha alma sangra
por um amor que carrego n'alma em silêncio
e meus poros se dilatam de angustia.
No calado das madrugadas esse amor lateja peito
clama pelo ser amado e lágrimas serenas descem faces
e meu rosto vermelho estampa do sangue escorrido
dessa alma que dilacera lento.
Meus uivos doidivanos como uma loba ferina
percorrem matas e em desvario me perco em caminhadas
ao leu de mim mesmo e não me encontro em lugar algum.
A saudade que carrego dentro de mim é dolorida
como um parto, um punhal que entra lento e dilacera meu peito.
A minha se entorpece diante essa solidão de ti
Em meus sonhos alimento a tua chegada para sentir tua pele macia
e saciar minha sede de te amar.
O tempo que não te traz a mim faz com que eu me desfaleça
E lentamente vou me findando no vazio de mim.
Minh'alma que a ti entreguei por amor hoje se cala
Não sei se devo mais lutar diante toda a impossibilidade que
você coloca como uma muralha impenetrável onde não posso entrar
e nessa incerteza sigo meu peregrinar levando esse amor
essa dor que dilacera
até que o tempo sane com todo esse amor que é teu
somente teu.
z
zelisa camargo
10.03.04