Em silêncio
Em silêncio a alma aquieta-se,
enquanto o corpo crepita na
fogueira do desejo que sinto
por ti, causando imensa folia em mim.
Há no frêmito das vozes lá
fora um barulho intenso
de vida pulsando nas pessoas alheias
a este momento em que
reflito sobre ti.
Por onde andas, afinal?
Que tempo tardio esse que
te levou para longe de mim,
apesar de permaneceres
ardendo em minha pele?
Faço indagações para as quais
não tenho respostas, arremessando
o pensamento de encontro
ao Misteryus que és,
à procura de uma justificativa
ou mesmo uma mensagem
não dada e, consequentemente,
não lida.
Resta-me ponderar que,
em silêncio, sinto a
ausência de tuas palavras.
Rita Venâncio