DE MÃO ESTENDIDA
Seria desta vez que minha mão ficaria estendida no ar?
Seriam tantos os pretendentes, que isso a fizesse enveredar?
Nossos caminhos eram princípios sinceros da mesma essência.
Não haveria distância entre nós, somente alguma paciência.
E quando nos desencontramos, o salão ficou mais povoado.
Havia outros pares se formando, havia nosso olhar desencontrado.
Por vezes tentei resgatá-la, como faria qualquer amante.
Mas também perdi-me, angustiado por uma ausência gritante.
Os passos daquela dança que não consigo esquecer,
revigoram minhas memórias em noites longas e frias,
motivando a exposição de todos os sentimentos.
No calor de sua lembrança é que consigo aquecer
os versos de uma saudade, que preenchem horas vazias,
estendendo minha mão entregue ao soprar dos ventos...