DE MÃO ESTENDIDA

Seria desta vez que minha mão ficaria estendida no ar?

Seriam tantos os pretendentes, que isso a fizesse enveredar?

Nossos caminhos eram princípios sinceros da mesma essência.

Não haveria distância entre nós, somente alguma paciência.

E quando nos desencontramos, o salão ficou mais povoado.

Havia outros pares se formando, havia nosso olhar desencontrado.

Por vezes tentei resgatá-la, como faria qualquer amante.

Mas também perdi-me, angustiado por uma ausência gritante.

Os passos daquela dança que não consigo esquecer,

revigoram minhas memórias em noites longas e frias,

motivando a exposição de todos os sentimentos.

No calor de sua lembrança é que consigo aquecer

os versos de uma saudade, que preenchem horas vazias,

estendendo minha mão entregue ao soprar dos ventos...

COSTARELLI
Enviado por COSTARELLI em 01/08/2008
Reeditado em 07/06/2013
Código do texto: T1108097
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