OLHAR SOBERANO
Ah, soberano de minha loucura
e senhor, dono desse olhar profundo...
Mesmo ciente que teu olhar não é censura
com ele abalas o meu mundo.
O peso desse olhar sobre mim
faz ruborizar o meu rosto.
Mas, tento esconder mesmo assim,
o que nele já está exposto:
Que com teu olhar me assanho
e entendo bem o teu recado
quando no fundo desse olhar castanho,
diviso a confissão do meu pecado.
Então, acanhada, desvio do teu o olhar meu.
Se nesse instante não sorris, vivo um tormento
notando que teu olhar leu
o que me vai no pensamento
e não quero confessar.
Pois, o homem que me olha nesse momento
é o único capaz de me dominar.
Por isso, faço de tudo pra tentar esquecer.
Mas, me encontra a madrugada
sem que me venha o sono...
lembrando ainda encantada
dos lindos olhos do meu dono.