ABISMO
ABISMO
Quando estou abismada
nos teus braços
às vezes, me atravessam
uns lampejos
de entender
(sem nada entender)
o sistema plenetário
que há num beijo
a química anarquista do desejo
a tragédia de todos romances
a morte de amar sem ser amada
e a violência dos carinhos ciumentos.
então, eu me arremesso
nos teus braços
e viro estrela
no céu da tua boca
e entre organizadores cataclismos
sabemos ser somente, MULHER...
alimentadas por uma ternura louca
e por um desejo que dá mais fome !
(Ágnes-Zine)