Sempre o amor...


Tem certos dias
que a alma da gente,
qual  infância dourada,
baila cantigas
nos salões da vida,
que, em abraços
se encontram
nos versos da esperança,
com solfejos recheados
de rimas de amor...

Há outros, porém
que  a alma se esconde
e,  triste se perde
na escuridão da dor,
e chora e sofre
horas de solidão,
qual  abandono,
no porto da vida,
sem mar,
sem nau,
sem direção...

Como são belas
as manhãs
silenciosas,
que trazem recados
de anjos adormecidos,
nos sonhos de ternura e de paz!...

Sem sonhos não há como viver
e todas as conquistas de uma vida
não valem um sonho de amor.

Ah, se algum dia
pudesse voltar
naquele mesmo jardim
que nos viu nascer
para o amor...

O amor faz-me companhia:
Não me deixa só pelos caminhos.
E também porque
já não sei andar sozinho...
O amor é e sempre será a medida:
O começo e o fim.
A razão maior 
de toda uma vida...

                          Vinhedo, 31 de julho de 2008.