Amor maior

Ternura maior nem mais ádvena dura
Em minh’alma, que à afeição sossega
E se  vê-la descontente, sente infeliz
E se a percebe desamada, se apega.

E que somente torna calma se lhe procura
O idolatrado espírito, que se acarinha
Além da doida nostalgia e prossegue
Na vital existência razoável que é só sua.

Este amor é louco, quando toca, golpeia
E quando golpeia agita-se, mas opta
Por golpear a extinguir-se - e vai-se vivendo.

Mas leal aos princípios de todos os momentos
Iluminando, negrumes, extraordinários
Numa calmaria em prol de todos e de si mesmo.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 30/07/2008
Reeditado em 01/08/2008
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