VOAR
Ó meu rouxinol
Que gorgeias para mim
Sinto o quanto queres me alegrar
Tirando essa tristeza sem fim.
Voas de galho em galho,
Em volteios mirabolantes
Prendes minha atenção
No teu esvoaçar inconstante.
Como queria ter tua liberdade
Voar neste amplo azul do céu
Romper as algemas invisíveis
Que me deixa ao léu.
Voa, voa rouxinol
Não deixes o passarinheiro te agarrar
Para que não definhas como eu
Que amo, a quem não sabe amar.
Angela Pastana...Poeta paraense
Obra: GOTAS