A INDECISÃO

Ela me expulsa de seus braços, depois se joga aos meus pés;

Me odeia no alarde de seus gritos, depois declara me venerar;

Ela me apaga de seus planos, depois me pinta em seus pincéis;

Quer se curar de mim, mas de meu corpo não quer se vacinar!

Já decidiu que dela eu não sou digno, depois chorando diz que sou necessidade;

Me agride e me arranha com revolta, depois me abraça com ternura;

Ela garante ignorar meu beijo, mas sempre sua boca a minha invade;

Ela declara ser pura racionalidade, mas em meus braços é loucura!

Ela condena o meu jeito e minha fama, mas não abdica do meu calor;

Ela interpreta que não sou somente dela, mas não desiste de me ter;

Vive dizendo que não me quer, depois me liga implorando amor;

Ela declara que sou sua morte, mas se vou diz que sem mim não há viver!

Ela me olha como um vicio, mas fica cega para sua própria libertação;

Falou que o adeus era pra sempre, mas esse sempre durou minutos;

Disse pra mim que tem a muitos, porém de mim não abre mão;

Ela me diz que sou o pior dentre os mortais, mas em sua cama esmaga seus insultos!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 28/07/2008
Código do texto: T1101533
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