A INDECISÃO
Ela me expulsa de seus braços, depois se joga aos meus pés;
Me odeia no alarde de seus gritos, depois declara me venerar;
Ela me apaga de seus planos, depois me pinta em seus pincéis;
Quer se curar de mim, mas de meu corpo não quer se vacinar!
Já decidiu que dela eu não sou digno, depois chorando diz que sou necessidade;
Me agride e me arranha com revolta, depois me abraça com ternura;
Ela garante ignorar meu beijo, mas sempre sua boca a minha invade;
Ela declara ser pura racionalidade, mas em meus braços é loucura!
Ela condena o meu jeito e minha fama, mas não abdica do meu calor;
Ela interpreta que não sou somente dela, mas não desiste de me ter;
Vive dizendo que não me quer, depois me liga implorando amor;
Ela declara que sou sua morte, mas se vou diz que sem mim não há viver!
Ela me olha como um vicio, mas fica cega para sua própria libertação;
Falou que o adeus era pra sempre, mas esse sempre durou minutos;
Disse pra mim que tem a muitos, porém de mim não abre mão;
Ela me diz que sou o pior dentre os mortais, mas em sua cama esmaga seus insultos!!