Tudo tem seu preço
O peito árido sem ternura
Mostra suas chagas com amargura
Os lábios ressecados e trancados
No olhar outrora brilho, agora apagados.
A pele aveludada que tanto seduziu
Agora rígida e fria, sem calor para aconchegar
As mãos mestras em despertar o prazer
Agora não sabem onde chegar.
Era uma mulher na sua plenitude
Que sabia amar e se fazer amada
Doçura era sua maior virtude.
Um dia demonstrou ao poeta o seu apreço
Desconhecendo o que era indiferença
Então percebeu que tudo tem seu preço.