Sonho doirado


Como quisera Davinte a Monaliza, riscando-a
Na tela naturalmente, desenho em forma de gente,
Meu sonho doirado, ao solfejo alegre da canção
Bateu asas e partiu esvoaçando-se no vento.

Adventícias latitudes, além dos céus, rasgando
A obscuridade; foi-se e agora que o sol se esconde,
Pára de voar, alegrando a vida solta no ar.

E não demora, com o olhar girando confortado
No tempo, volta repleto de amor,
Pelas flores da primavera, então amado.

De modo que por longo tempo vivi sem destino:
— Ah! Que beleza de novo rever os amigos,
Ter-te comigo e, como sempre, apaixonado
!
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 27/07/2008
Reeditado em 04/09/2008
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