DAS TUAS CALÚNIAS

Os teus mais justos sonhos

se desfizeram em tolos prantos,

que os covardes aplaudiram

pelos cercos, pelos cantos.

Os teus constantes apelos

se desprenderam à revelia,

que os injustos amaldiçoaram

a tua desvairada nostalgia.

Os teus tantos anseios

se tornaram em chacotas,

que os sequazes afoitos

ainda têm ousadias em cotas.

Os teus aparados desejos

se firmaram ao bom grado,

que os menos avisados

não crêem no teu agrado.

Os teus apurados sensores

Reduziram-se a pedra e pó,

Que os imprudentes esperam

Que os fracassos não deitem dó.

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