Até quem sabe, um dia...


Vai bela e alta
a lua no céu.
Cheia de todas as cores.
Cheia de todos os amores.

Quem sabe, um dia...

Cantem amores à luz do luar;
esqueçam as dores.
Só de canções se fazem os sonhos...
e com as rimas nascem os amores
que, aos pares, se dão as mãos.

Quem sabe, um dia...

Nos luares prateados
suspiram sonhos distantes.
Do coração nascem versos
que transportam a alma dolente.
E canta nas folhas
um vento de antigamente.

Quem sabe, um dia...

No doce abrigo das nuvens
descansa a lua;
enquanto na rua
dançam mil vozes
na minha solidão.

Quem sabe, um dia...

Vai alta e bela
no céu a lua,
enquanto suave luz
invade minha janela.
Até quem sabe, um dia...

("Young World",  Inga Nielsen's Image)

            Vinhedo, 24 de julho de 2008.