O que sei quando em ti

Nas dobras do querer

Meus dedos tocam tuas ilhas

Teus morros prometidos, morenos

Na tez desse desejo intenso

São montinhos de palma de mão

Teus suspiros a tufar meu tato

A despir meus vícios

De voltar dormindo aos teus braços

E encantas meus sentidos

Com tuas formas nuas que me consomem

Teu vale umedecido e entreaberto

Chorando o choro idílico, transparente

Volto do dentro com a derme feliz

Afoita no toque, deserta de mim

A recuperar oxigênio, sangue, vermelho

Um ser disperso, desaguado em ti.

J Mattos
Enviado por J Mattos em 24/07/2008
Código do texto: T1095187
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