VAGOS OLHARES
VAGOS OLHARES
J.B.Xavier
Hoje trago os nervos expostos,
E até a candura do vento me agride a pele...
Trago a alma em convulsão,
O olhar perdido, buscando quimeras
Enquanto a onipresença de qualquer coisa sem nome
Me perpassa o coração...
Hoje sou calmaria, tempestades extintas
Sou sinais de germinação de sonhos,
Tranqüilidade, lago espelhado, torpor,
Hoje sou escaninho vazio,
Jornal sem manchetes,
Letras sem formas, formatando o amor...
Hoje trago vestígios de querências
Traços de loucura e pedaços de sanidade,
Trago inconstâncias no pensar,
Ansiedades que se impacientam
Impaciências que se apascentam
Hoje trago a alma aberta ao amar...
* * *