AMANTES

AMANTE

(Sócrates Di Lima)

Rasgo-te e penetro coração adentro,

Arranho-te a alma, •.

Circunciso teus sonhos

Com o fio da navalha.

Que não fere e nem sangra,

Mas talha com bisturi afiado

Pelo fio da luz da minha alma,

Que ilumina e não apaga.

Que dá existência e não sucumbe,

São artérias que dão vida.

E que conduzem à seiva

Que faz pulsar um coração sonhador.

Rasgo-te o corpo e nas tuas entranhas.

Repouso o ser crescente que devora

Mas não te acaba.

E ao final, na profilaxia que externo.

Encontro à cura dos males,

Que me transformam em selvagem.

Que nunca dorme, nunca extenua.

Que abraça a alma pelo corpo ardente.

E se transforma sem piedade,

No intrépido e algoz amante.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 24/07/2008
Reeditado em 21/10/2014
Código do texto: T1095007
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