AMANTES
AMANTE
(Sócrates Di Lima)
Rasgo-te e penetro coração adentro,
Arranho-te a alma, •.
Circunciso teus sonhos
Com o fio da navalha.
Que não fere e nem sangra,
Mas talha com bisturi afiado
Pelo fio da luz da minha alma,
Que ilumina e não apaga.
Que dá existência e não sucumbe,
São artérias que dão vida.
E que conduzem à seiva
Que faz pulsar um coração sonhador.
Rasgo-te o corpo e nas tuas entranhas.
Repouso o ser crescente que devora
Mas não te acaba.
E ao final, na profilaxia que externo.
Encontro à cura dos males,
Que me transformam em selvagem.
Que nunca dorme, nunca extenua.
Que abraça a alma pelo corpo ardente.
E se transforma sem piedade,
No intrépido e algoz amante.