Meu limite é o teu coração.
Faço direito o que nasceu torto,
pois, germinou no rastro da circunstância
e agora, é paz, é alegria,
que viceja elevando minh´alma
e alimentando a esperança.
Rogo em versos,
que este virtuoso sentimento;
continue em suave remanso, entretanto,
desejo a chama; eternamente ardendo,
mesmo, que perdure o voraz silêncio.
Darei a teu rosto a moldura,
na destreza de minha ousadia,
contornando-o com dezenas de estrelas,
que irei buscar em fugaz fantasia...
Vou pinta-la conforme a vejo,
se possível for; eternizar o esboço de rara beleza.
Na tela onde o teu sorriso resplandece
e o teu olhar é pleno encanto...
Quantas nuanças estampam minha mente,
enquanto tua juventude me envaidece
e a saudade, vem a conspirar o pranto.
Faço-me artista, alquimista e de repente poeta...
Ora te amo, ora te odeio
e outras mil vezes; simplesmente te venero.
E quando imagino ter esgotado,
o frenesi deste louco amor,
recrio o meu fascínio em singelas letras.
Palavras sibilando no vento,
enaltecendo esta eloqüência,
no limite que minha voz lhe apetece.
Dedicado a poetisa Fernanda Gui.