LAÇO

 

Presa ao laço desse teu amor perfeito,
Num abraço que não diz por que chegou,
Eu me entrego e tomas por direito a flor:
Escondida em tua sombra eu sou feliz.

Vens e tomas sem receios. Quis saber
Quanto por de mim a florescer em maio...
Quando caio nessa terra quente e rendo
Esse horrendo mal e  fujo do estupor,

Solto o vácuo e dessa bolha a dor se vai.
Deixarei, num canto, esse meu ai perdido,
E o sentido só estará em querer o beijo.

Sempre vejo a ponta que me escapa... Longe.
E,  se um monge ensina, conforme eu serei
Sempre à  luz de um bem, que me mantém acesa.