Desregrado amor
Sou louco
E como um louco eu amo e me entrego,
Sem recato, sem pudor e sem reservas;
E, sendo louco, me preservo;
Quem de mente sã acha crível um tal amor, insano?
E assim, sem receios,
Deixo meu coração, a céu azul, aberto,
Viver esse desregrado amor;
Posso ser livre para gritar a todos...
E digo a ela – Eu te amo – e ela sorri, benevolente e bela
Com a minha loucura grisalhamente adolescente... e passa;
Sorrio de volta,mas ela não vê, já se foi;
Eu me vou também, feliz,
Brincando com as palavras e com os versos,
Cantando um samba, um funk ou um bolero.
Bordando num papel mil simples versos