O DILUVIO
Chove, chove, chove muito
É agua aos borbotões
Ruas e casas inundadas
Invadindo os portões
Inundou a casa da invalida
Encharcando todo o chão
Atolado a beira da calçada
Empacou um caminhão
Descendo água as pencas
Muita lama e confusão
Vou procurar um morro
Pra salvar o meu cachorro
A menina muito sapéca
Aos prantos! Perdeu sua boneca
O avarento chora em vão
Seu dinheiro estava no colchão
Seu Deolindo feito um porco
Sobrou? A roupa do corpo
O taxista e seu carro, que horror!
A água cobriu ele e o motor
Um caiçara angustiado
Seu barco foi afundado
E o verdureiro, que aberração
Perdeu toda sua plantação
Um menino rola e chora
Lá se foi a sua bola
Deus! Pra que tanta água?
Um diluvio em proporção
É não vai ter outro jeito
O rio tem que voltar ao leito
E acabando a inundação
É a limpeza e a reconstrução
Victor Salcedo