REPENTE

Peguei um papel de pão...

Uma caneta velha e usada na mão.

Não podia deixar pra depois

Tinha que falar de nós dois.

tinha recados do coração,

Coisas pra dizer com paixão.

Pois o que tenho, na verdade,

Pra lhe dizer com sinceridade,

São tantas palavras guardadas,

Aqui dentro enroscadas.

Você é uma pintura!

Uma linda figura!

Tem no verbo sussurrado,

Um calor apaixonado,

Que deixa este homem apaixonado.

Estou fora de mim,

Enlouquecido, alucinado.

Você mulher,

Terna, bela, imprevisível,

Tornou real, factível,

Um amor impossível.

Por você largo tudo,

Casa, comida, roupa lavada,

Amor, sexo com hora marcada.

O que quero é viajar sem hora pra chegar,

Todos os seus pontos sensíveis tocar,

Sua alma inebriar, para ao infinito rumar,

Sem saber se vou voltar.