Vivo a flanar pelos bosques.
Sob um flamboyant descanso.
De preferência na florada.
Com flores meus cabelos adornando.
Tomo banho nas cachoeiras.
Colho folhas de diversas espécies.
Sem necessárias habilidades.
Eu mesma faço as minhas vestes.
De dia o sol é meu companheiro.
À noite sinto a presença da lua.
Pra eles conto meus segredos.
Olhar enriquecido de púrpura
Meu alimento é vegetal.
Natural e adocicado.
Água que bebo cristalina.
Igual ao mel no favo.
Tenho amigos passarinhos.
No meu ouvido sibilam.
Cânticos melódicos.
Que adormecem e inebriam.
Acredito no amor.
Em toda sua essência.
Não só nos prazeres da carne.
Principalmente no espírito que o alimenta.