Máscaras...

Máscaras! Sempre elas!...

Tragédia e comédia que se enleiam

Em imensos devaneios

Tingidos de sol

Em frios ocasos...

Mas, pairando acima de tudo,

Talvez como a única coisa real,

Há uma imensa renúncia

De difícil viver...

Contos de Fadas povoam meus sonhos...

Inatingíveis...

Busco a essência da Vida e a essência do Amor:

Encontro poeira de estrelas

E areias da praia

Que, escapam ligeiro,

Por meio das mãos,

Por entre meus dedos...

Como reter um raio de sol?

Como aprisionar um raio de luar?

Como ouvir um acorde que acorde

O mágico som de mágica prece?

Nada houve entre nós.

Jamais haverá.

A busca que tens nos teus olhos

Aos poucos se perderá... e ficará sem resposta!

Talvez um dia eu não lembre

A expressão dos teus olhos

Feitos de grandes indagações...

Talvez eu saiba a resposta...

Talvez eu não saiba a resposta...

– Mas... por favor, não desvia o olhar!

Até o dia em que canses

De querer perguntar!...

Até o dia em que a lágrima

Não me deixe enxergar!...

Então... ficarão as pedras do caminho,

Com a sensação do perene

Do nunca acabar...

E quando vires as pedras

Lhes poderás perguntar...

– Onde foi minha amada?...

E as pedras responderão:

– Ela foi muito longe

De onde não há de voltar!...

Então, colocarás a máscara da comédia

Para que ninguém te veja chorar...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 19/07/2008
Código do texto: T1088075
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