Haustos
Olhar de pupila tão crente,
Mar-homem, candura fugaz.
É porto seguro que apraz
E acena c’o amor q’inda sente.
Presença tão leve em meu peito,
É força e me aquece o sorriso.
E amolda de modo conciso
Meu centro, meu jeito e trejeito.
Meu norte, meu sul e meu leste
Respiram os haustos aos tragos.
Lembranças de beijos e afagos,
Das aulas de amor que me deste.