Filho ausente

Ô filho! Onde estás agora que não posso

Ao menos escutar tua voz macia

De firmeza impar? Onde estás agora

Exibindo essa juventude que te faz firme pisar?

Tragas-me tu esse olhar hermético, este amor

Patético que te levou distante a trabalhar!

Dê-me um instante de prazer, preciso de tua

Presença deleitar, viver sem sofrer, aqui

É o teu berço, o teu apogeu, o teu doce amar.

Traz nesse olhar a solidão dos que amam,

Verdadeiramente, sem no contratempo pensar.

És pássaro e sabes tu que de braços abertos

Todas as manhãs estou sempre a te esperar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/07/2008
Reeditado em 14/08/2008
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