AMOR INTENCIONAL
Esse meu propósito em enaltecer esse amor,
Quão simples na sua essência, belo e significante...
Perfaz o meu desejo em mostrar o destemor
Que inexiste no presente, me refaz a todo instante.
Talvez, o desprendido sentimento se apossou...
Desse homem tão resoluto na tenra felicidade.
Absorto qual demonstra, envolvido se revelou
Um exímio amante e amado nessa tal realidade.
Penso que em coração não se pisa, se conquista...
Na mais benevolente perfeição... Na sinceridade.
Somente a dedicação, deslumbramento se avista...
Quem anula o egoísmo e a conseqüente falsidade.
Quero, contudo, enfatizar que o amor verdadeiro...
Não se acha como produto exposto num balcão.
Isso é bom, porque esse dom é tão alvissareiro,
Que nem sempre todos têm, tamanha exatidão.
Pode ser demagogia, essa tal sensação de euforia...
Mas, profunda e benquista, nos dá a real fortaleza.
É preciso ousar, crer que até os lampejos de alegria...
Nos faz aquiescentes e ávidos detentores da nobreza.
O tempo passa e requer a necessária e altiva lucidez...
Os anos se vão e com ele a juventude, um ato natural.
Felizmente os sábios resistem porque têm a sensatez...
E se esmeram em provocar o alento deveras racional.
Pirapora/MG, 18 de julho de 2008.