Sol
Meu corpo pálido jogado a escuridão cinzenta e esquecido aos poucos
A fraca poeira que se assentava em todo lugar já fazia parte de mim
E os pedidos de ajuda e piedade, nem longe e nem perto. Ninguém os escutava
Tão pouco acreditava. Que lá tivera alguém, esquecido no fundo do porão.
Mas todos os dias eu via algo que só de pensar arrepia
Uma vontade incrível e determinação sincera
E sempre que me via parecia de propósito sempre queria brilhar mais.
Sempre que aparecia, vinha munido de suas mais importantes qualidades. E a solidão? Ela espera.
Mesmo quando eu estava sozinho ela poderia não escutar, mas sempre esteve ao meu lado.
Não obtive resposta alguma para tantas perguntas e as reações... Eram sempre as mesmas.
Cintilante, Forte e Pura. A estrela do dia que de noite se escondia
Sempre voltava brilhante mesmo que aquele não fosse o seu dia. E enquanto eu reclamava, Ela dia após dia se reerguia.
Pelo menos feliz por alguns minutos eu poderia me sentir
Ao ver o brilho radiante que entrava pelas pequenas aberturas do porão
Pois sempre que o frio a solidão me fazia sentir.
Com muita ternura e bondade jogava seu calor radiante pelas pequenas frestas daquele imundo porão
Toda vez enquanto a chuva caia lá fora e o violino chorava a sua inconsolavel canção.
Com tremendo explendor você tentava brilhar, brilhar e brilhar. E mesmo que não conseguia
Eu era capaz de sentir... Você estava lá. E se o dia me fizesse completamente triste...
Era só lembrar-te que então o seu vulto soprava para longe toda a melancólica solidão.