CULPA

Eu próprio me condenei,

e, como um austero magistrado

proclamei minha sentença,

mesmo conhecendo minha inocência.

Fui severo, não medi as

consequências, e hoje, o

alcance das agruras

não me deixam viver.

Feri meu próprio peito,

e dele emana fel, definindo

muito bem, alguém que não

soube amar como eu.

Me entreguei ao abandono

praticando autoflagelação,

consta do libelo que fiz ruir

o meu castelo, soterrando com ele

os mais lindos sonhos...

Faz parte da história,

os atos acusatórios registrados

nas páginas do passado,ali consta

o assento que fui condenado por

querer amar demais...

Wil
Enviado por Wil em 17/07/2008
Código do texto: T1085138